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O Exército Brasileiro vai colocar seu efetivo em regime de meio expediente por quase dois meses, mas vai manter o pagamento de salário integral da tropa.
A medida define que a jornada de trabalho deve ser cumprida entre os dias 4 de dezembro de 2023 e 26 de janeiro de 2024. O motivo dessa decisão é para reduzir gastos com luz, água e alimentação em quartéis. Apenas Hospitais e escolas militares ficam fora do regime de meio expediente.
De acordo com o documento disponibilizado pelo exército, a comunicação foi oficializada em setembro, em um boletim interno.
A justificativa de redução de custos com alimentação já foi usada em anos anteriores para diminuir o número de horas de trabalho, mas por períodos menores e nos feriados de Natal e Ano Novo.
O Exército não informou o quanto deve economizar nem o número de militares que ficarão com escala reduzida, mas afirmou que a redução de 8 horas para horas será adotada porque "o calendário anual de instrução contempla os meses de outubro e novembro com os exercícios de adestramento e certificação de tropa, envolvendo grandes efetivos em atividades aquarteladas ou fora das organizações militares".
A nota diz ainda que, ao término desse período, o Exército "prioriza as atividades de racionalização administrativa, economia no custeio com concessionárias (luz, água, etc) e alimentação, havendo uma necessária diminuição de gastos", mas não afirmou qual será a economia.
Questionado, o Exército não informou o número de militares e as patentes que terão redução no número de horas trabalhadas. No Comando Militar do Sudeste, por exemplo, o expediente deverá ser cumprido entre 8h e 12h, de segunda a sexta-feira. Segundo o Exército ainda, não há previsão legal para corte de salários com regime de meio expediente, assim como não há pagamento de hora extra em missões e operações.
